
Cada vez mais interessado pelo cristianismo, Agostinho viveu longo conflito interior, voltou-se para o estudo dos filósofos neoplatônicos, renunciou aos prazeres físicos e em 387 foi batizado por santo Ambrósio, junto com o filho Adeodato. Tomado pelo ideal da ascese, decidiu fundar um mosteiro em Tagasta, onde nascera. Nessa época perdeu a mãe e, pouco depois, o filho. Ordenado padre em Hipona (391), pequeno porto do Mediterrâneo, também na atual Argélia, em 395 tornou-se bispo-coadjutor de Hipona, passando a titular com a morte do bispo diocesano Valério. Não tardou para que fundasse uma comunidade ascética nas dependências da catedral.
Em sua vida e em sua obra, santo Agostinho testemunha acontecimentos decisivos da história universal, com o fim do Império Romano e da antiguidade clássica. O poderoso estado que durante meio milênio dominara a Europa estava a esfacelar-se em lutas internas e sob o ataque dos bárbaros. Em 410 santo Agostinho viu a invasão de Roma pelos visigodos e, pouco antes de morrer, presenciou o cerco de Hipona pelo rei dos vândalos, Genserico. Nesse clima, em que os cismas e as heresias eram das poucas coisas a prosperar, ele estudou, ensinou e escreveu suas obras.
Desde a sua conversão até a sua morte, Santo Agostinho viveu 40 anos de vida sobrecarregado, desenvolvendo um extenso trabalho missionário, sob o clima de permanentes perseguições. Foi um pregador incansável. Mostrou com personalidade uma visão do mundo que influenciaria diversos líderes espirituais como Tomás de Aquino (1225-1274). No ano de 430, os vândalos, chefiados por Gerênsi-co, conquistaram a África.
No dia 28 de agosto do ano de 430, durante o assédio bárbaro a Hipona, Santo Agostinho sucumbiu, vítima da violência dos invasores, época que exercia as funções de bispo da cidade.

Tumba de Agostinho na Basílica de São Pedro em Roma.
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