terça-feira, 2 de novembro de 2010
Anglicanismo: Fase Celta : Século I ao VII.
Com a perseguição aos cristãos da Gália (hoje França) no ano 77, muitos fugiram para as Ilhas Britânicas. Por outro lado, soldados, funcionários civis e comerciantes cristãos romanos estiveram naquela província e comunicaram o Evangelho, que teve ampla acolhida entre os Celtas, particularmente na Irlanda, Escócia, Gales e norte da Inglaterra (angliaterra = terra dos anglos). Há tradições e peças arqueológicas, além do registro da presença de bispos britânicos ao Concílio de Arles, em 314. Floresceu ali, por sete séculos, uma Igreja cristã autônoma, sem vínculos com a Igreja de Roma, centrada nos mosteiros e na autoridade regional dos seus Abades, com os Bispos como missionários, realizando um trabalho apostólico e sacramental. Uma Igreja missionária, que foi responsável pela evangelização da Alemanha e da Escandinávia. Com a saída das tropas romanas, o centro e o sul da Inglaterra foram invadidos por povos não-cristãos, como os jutos, os anglos e os saxões, que erradicaram a Igreja naquelas regiões, preservada, porém, nas demais. O Papa Gregório, o Grande, resolveu, então, enviar Agostinho e 40 monges beneditinos, em 597, para, estabelecendo-se em Cantuária, evangelizar os povos daquelas regiões, e procurar unir a Roma a Igreja Celta, respeitando-se, ao máximo, os seus usos e costumes. Cerca de 10.000 pessoas se converteram na região de Cantuária, e Agostinho foi sagrado Bispo.
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