segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Mensagem Especial IV
domingo, 14 de novembro de 2010
Comparação entre o catolicismo e o protestantismo no século XVI
Anglicanismo
Livro Sagrado: A Bíblia é a fonte principal de fé. Devia ser interpretada pela Igreja (tradição) e permitia-se seu livre exame (razão).
Salvação humana: Salvação pela fé e graça de Deus (predestinação). As boas obras eram vistas como conseqüência da salvação.
Sacramentos: Para os anglicanos o batismo (adulto e infantil) e a Eucaristia foram os dois sacramentos instituídos por Jesus Cristo. Os demais ritos sacramentais da Igreja também são aceitos, apesar de não terem sido instituídos por Cristo, mas são reconhecidos por serem, em parte, estados de vida aprovados nas Escrituras: a confirmação, penitência, ordens, matrimônio e a unção dos enfermos.
Rito religioso: Culto conservando a forma católica (liturgia, hierarquia da Igreja). Uso da língua nacional (inglês).
Principais áreas de influência européia: Inglaterra.
Comparação entre o catolicismo e o protestantismo no século XVI
Calvinismo
Livro Sagrado: A Bíblia é a única fonte de fé. Permitia-se seu livre exame.
Salvação humana: Salvação pela fé e graça de Deus (predestinação). As boas obras eram vistas como conseqüência da salvação.
Sacramentos: São dois: batismo (adulto e infantil) e Eucaristia.
Rito religioso: Culto bem simples (com liturgia) com o uso das línguas nacionais.
Principais áreas de influência européia: Suíça, Países Baixos, parte da França (huguenotes), Inglaterra (puritanos), Escócia (presbiterianos).
Comparação entre o catolicismo e o protestantismo no século XVI
Luteranismo
Livro Sagrado: A Bíblia é a única fonte de fé. Permitia-se seu livre exame.
Salvação humana: Salvação pela fé em Deus.
Sacramentos: São dois: batismo (adulto e infantil) e eucaristia.
Rito religioso: Culto simples (com liturgia) com o uso das línguas nacionais.
Principais áreas de influência européia: Norte da Alemanha, Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia.
Comparação entre o catolicismo e o protestantismo no século XVI
Catolicismo Romano
Livro Sagrado: A Bíblia é a fonte de fé, mas devia ser interpretada pelos padres da Igreja. A tradição católica também é uma fonte de fé, assim como o Magistério da Igreja.
Salvação Humana: Salvação pela fé com o auxílio das obras.
Sacramentos: São sete: batismo, crisma, Eucaristia, matrimônio, penitência, ordem e unção dos doentes.
Rito Religioso: Missa solene em latim.
Principais áreas de influência européia: Espanha, Portugal, Itália, sul da Alemanha, maioria da França, maioria da Irlanda.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Curiosidade Anglicana
Os dois principais pensadores da Reforma Inglesa foram o Arcebispo de Cantuária e mártir (queimado vivo por ordem de Maria, a sanguinária ) Thomas Cranmer , compilador do Livro de Oração Comum (LOC) e o teólogo Richard Hooker , autor do clássico “A Lei da Política Eclesiástica” . O Anglicanismo situou-se, desde então, como uma Igreja Católica Reformada nacional, e uma “via média” entre os extremos de Roma e de Genebra. Com a Reforma Protestante, a Igreja na Inglaterra se tornou a Igreja da Inglaterra.
Anglicanismo: Final
A Igreja da Inglaterra, dos séculos XVI ao XIX, foi se expandindo, por todo o mundo com o Império Britânico (o maior da história humana), e que teve o seu apogeu no reinado da rainha Vitória, e, em seguida, pela ação denodada das agências missionárias, dentro e fora do Império Britânico (hoje presente em 164 países). As primeiras Províncias que surgiram, além da Igreja da Inglaterra, foram a Igreja Episcopal da Escócia (onde a Igreja da Escócia, oficial, é Presbiteriana) e a Igreja Protestante Episcopal dos Estados Unidos da América (PCUSA), fruto da independência daquele país, cujos bispos, por sua vez, foram sagrados pelos bispos escoceses. Essas duas novas Províncias, por sua vez, começaram a enviar os seus próprios missionários para o estrangeiro.
O Anglicanismo em relação a Reforma Protestante
• Ruptura com o Sacro-Império e a Igreja de Roma com Henrique VIII, em 1534 (após ele, sua esposa e o Arcebispo de Cantuária terem sido excomungados pelo Papa), em Atos deliberados pelo Parlamento;
• O breve reinado de seu filho Eduardo VI aprofunda o caráter protestante da Igreja da Inglaterra;
• Ele foi sucedido por sua meia-irmã Maria, denominada de “a sanguinária” (por mandar executar 250 Sacerdotes, alem de Arcebispos e Bispos), que re-vincula a Igreja da Inglaterra à Igreja Romana;
• Esta foi sucedida por sua meia-irmã Elizabeth, que rompeu de novo com Roma e apoiou uma reforma moderada;
• Os breves e confusos reinados de Jaime I e Carlos I (que queriam impor o Presbiterianismo hegemônico na Escócia à Inglaterra);
• A ditadura militar presbiteriana do general Oliver Cromwell;
• Foi substituída pelos reinados de Carlos II e Jaime II (que queriam restabelecer o catolicismo romano);
• Por fim, a independência política da Inglaterra e a consolidação da Igreja Anglicana como uma Igreja reformada, autônoma, finalmente – e só então – se deu com a “Revolução Gloriosa” , de 1688, liderados pelo príncipe Guilherme de Orange (protestante holandês) casado com Maria, filha de Jaime II, que implantou o Parlamentarismo, e retorna aos princípios religiosos do período elizabethano.
Anglicanismo: Fase Reformada : A partir do Século XVI
As idéias protestantes tiveram entusiástica acolhida entre professores e estudantes das Universidades de Oxford e Cambridge, e entre parcela considerável do clero, inclusive da hierarquia. Havia um crescente nacionalismo em toda Europa , com o surgimento dos países independentes do Sacro-Império Germânico-Romano, na área temporal, e do Papado, na área espiritual. Havia, também, uma grande insatisfação com o pagamento de impostos ao Imperador e ao Papa, bem como contra o fato de a Igreja de Roma ser detentora de vastas propriedades e privilégios. O mapa religioso da Europa da época foi estabelecido por decisões governamentais (dentro do princípio “A Religião do Rei é a Religião do Reino” ), ou pela força das armas (Guerra dos Cem Anos). A Reforma da Igreja Cristã na Inglaterra, nesse contexto, viria, pois, com Henrique VIII, sem ele, ou contra ele. O Anglicanismo, pois, não foi fundado por aquele rei.
Anglicanismo: Fase Católico-Romana : Século VII ao XVI
No Concílio de Whitby, em 663, após longas negociações, a Igreja Celta aceita se submeter à autoridade papal. Uma segunda Sé Diocesana, no coração do Cristianismo Celta, viria, posteriormente, a ser estabelecida, na cidade de York. Os costumes dos Celtas cristãos foram preservados, a distância geográfica das ilhas e a crescente autoridade dos seus reis concorreram para a manutenção de laços limitados com a Igreja de Roma. Além do mais, já no século XIV, a Inglaterra conheceu o mais importante episódio da Pré-Reforma, liderada pelo professor de Oxford, John Wycliffe , que condenava os desvios romanos, defendia a divulgação da Bíblia, e criava uma ordem leiga de irmãos mendicantes (formada, em sua maioria por estudantes de Oxford, de famílias aristocráticas), os Lolardos, que, disseminando a fé evangélica, foram perseguidos por um século e meio.
Vale considerar que os Cristãos Ortodoxos, acreditando que Roma era Ortodoxa até 1054 quando a mesma se separou do Oriente, que os Cristãos Ortodoxos acreditam que a Igreja Celta foi a ultima a se unir a Roma papista e não mais Ortodoxa.
Anglicanismo: Fase Celta : Século I ao VII.
Com a perseguição aos cristãos da Gália (hoje França) no ano 77, muitos fugiram para as Ilhas Britânicas. Por outro lado, soldados, funcionários civis e comerciantes cristãos romanos estiveram naquela província e comunicaram o Evangelho, que teve ampla acolhida entre os Celtas, particularmente na Irlanda, Escócia, Gales e norte da Inglaterra (angliaterra = terra dos anglos). Há tradições e peças arqueológicas, além do registro da presença de bispos britânicos ao Concílio de Arles, em 314. Floresceu ali, por sete séculos, uma Igreja cristã autônoma, sem vínculos com a Igreja de Roma, centrada nos mosteiros e na autoridade regional dos seus Abades, com os Bispos como missionários, realizando um trabalho apostólico e sacramental. Uma Igreja missionária, que foi responsável pela evangelização da Alemanha e da Escandinávia. Com a saída das tropas romanas, o centro e o sul da Inglaterra foram invadidos por povos não-cristãos, como os jutos, os anglos e os saxões, que erradicaram a Igreja naquelas regiões, preservada, porém, nas demais. O Papa Gregório, o Grande, resolveu, então, enviar Agostinho e 40 monges beneditinos, em 597, para, estabelecendo-se em Cantuária, evangelizar os povos daquelas regiões, e procurar unir a Roma a Igreja Celta, respeitando-se, ao máximo, os seus usos e costumes. Cerca de 10.000 pessoas se converteram na região de Cantuária, e Agostinho foi sagrado Bispo.
A Origem da Igreja na Inglaterra
Não se sabe exatamente quando o cristianismo se estabeleceu nas Ilhas Britânicas, mas é certo que já existia antes do século III, possivelmente a partir de missionários fugidos das perseguições às quais os primeiros cristãos estavam sujeitos. Os primeiros registros da presença cristã naquela região foram feitos pelo historiador e escritor Tertuliano, no ano de 208 d.C. Mais tarde, no concílio de Arles, realizado em 314 d.C. na França, compareceram três bispos de uma Igreja que existia na Inglaterra sem o conhecimento da Igreja Romana.
A primeira Igreja Cristã organizada nas Ilhas Britânicas é a Igreja Celta. O povo Celta já habitava esta região antes mesmo da invasão anglo-saxônica. Esta Igreja, resistindo ao paganismo destes invasores, conseguiu manter uma Igreja Cristã independente, com organização monástica e tribal, sem nenhuma relação com a Igreja de Roma ou qualquer outra, embora mostrasse alguns hábitos e costumes orientais.
No ano de 595 d.C., o Papa Gregório I, também conhecido como Gregório Magno, o Grande, mandou uma comissão de monges, chefiada pelo monge Agostinho, prior do Convento de Santo André, na Cecília, para converter a Inglaterra ao Catolicismo. Agostinho foi o primeiro arcebispo de Cantuária, figura centralizadora da Comunhão Anglicana, e passou a ser conhecido como Agostinho de Cantuária. Boa parte dos costumes celtas cederam à dominante forma romana e latina do cristianismo ocidental.
A primeira Igreja Cristã organizada nas Ilhas Britânicas é a Igreja Celta. O povo Celta já habitava esta região antes mesmo da invasão anglo-saxônica. Esta Igreja, resistindo ao paganismo destes invasores, conseguiu manter uma Igreja Cristã independente, com organização monástica e tribal, sem nenhuma relação com a Igreja de Roma ou qualquer outra, embora mostrasse alguns hábitos e costumes orientais.
No ano de 595 d.C., o Papa Gregório I, também conhecido como Gregório Magno, o Grande, mandou uma comissão de monges, chefiada pelo monge Agostinho, prior do Convento de Santo André, na Cecília, para converter a Inglaterra ao Catolicismo. Agostinho foi o primeiro arcebispo de Cantuária, figura centralizadora da Comunhão Anglicana, e passou a ser conhecido como Agostinho de Cantuária. Boa parte dos costumes celtas cederam à dominante forma romana e latina do cristianismo ocidental.
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